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Desenho, música e literatura sempre proporcionam o crescimento intelectual. Cultivar estas necessidades, estamos na trilha do "Saber Não Ocupa Lugar".
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"Viver, sonhar e sempre poder amar" - É o jeito gostoso do mundo que criei. Minha família? Claro, ela sempre há de ser meus troféus!

domingo, 20 de setembro de 2015

O MELHOR DA ARTE É PARA VIDA TODA :: Encontro Poético

O MELHOR DA ARTE É PARA VIDA TODA :: Encontro Poético

A POESIA


Onde está
a poesia? Indaga-se
por toda parte. E a poesia 
vai à esquina comprar jornal.
Cientistas esquartejam Puchkin e Baudelaire.
Exegetas desmontam a máquina da linguagem.
A poesia ri.
Baixa-se uma portaria: é proibido
misturar o poema com Ipanema.
O poeta depõe no inquérito:
Meu poema é puro, flor
Sem haste, juro!
Não tem passado nem futuro.
Não sabe a fel nem sabe a mel:
É de papel.
Não é como a açucena
Que efêmera
Passa.
E não está sujeito a traça
Pois tem a proteção do inseticida.
Creia,
O meu poema está infenso à vida.
Claro, a vida é suja, a vida é dura.
E sobretudo insegura:
“Suspeito de atividades subversivas foi detido ontem
o poeta Casimiro de Abreu.”
“A Fábrica de Fiação Camboa abriu falência e deixou
sem emprego uma centena de operários.”
“A adúltera Rosa Gonçalves, depondo na 3ª Vara de Família,
afirmou descaradamente: ‘Traí ele, sim. O amor acaba, seu juiz.’”
O anel que tu me deste
era vidro e se quebrou
o amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou
Era pouco? Era muito?
Era uma fome azul e navalha
uma vertigem de cabelos dentes
cheiros que traspassam o metal
e me impedem de viver ainda
Era pouco? Era louco,
um mergulho
no fundo de tua seda aberta em flor embaixo
onde eu morria
Branca e verde
branca e verde
branca branca branca branca
E agora
recostada no divã da sala
depois de tudo
a poesia ri de mim
Ih, é preciso arrumar a casa
que André vai chegar
É preciso preparar o jantar
É preciso ir buscar o menino no colégio
lavar a roupa limpar a vidraça
O amor
(era muito? era pouco?
era calmo? era louco?)
passa
A infância
passa
a ambulância
passa
Só não passa, Ingrácia,
A tua grácia!
E pensar que nunca mais a terei
real e efêmera (na penumbra da tarde)
como a primavera.
E pensar
que ela também vai se juntar
ao esqueleto das noites estreladas
e dos perfumes
que dentro de mim gravitam
feito pó
(e um dia, claro,
ao acender um cigarro
talvez se deflagre com o fogo do fósforo
seu sorriso
entre meus dedos. E só).
Poesia – deter a vida com palavras?
Não – libertá-la,
fazê-la voz e fogo em nossa voz.
Poesia – falar
o dia
acendê-lo do pó
abri-lo
como carne em cada sílaba,
deflagrá-lo
como bala em cada não
como arma em cada mão
E súbito da calçada sobe
e explode
junto ao meu rosto o pássaro? O pás...?
Como chamá-lo? Pombo? Bomba? Prombo? Como?
Ele
bicava o chão há pouco
era um pombo mas
súbito explode
em ajas brulhos zules bulha zalas
e foge!
como chamá-lo? Pombo? Não:
poesia
paixão
revolução
FERREIRA GULLAR

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Sete Pecados é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das 19 horas, entre 18 de junho de 2007 e 15 de fevereiro de 2008, em 208 capítulos, substituindo Pé na Jaca e sendo substituída por Beleza Pura. Foi a 72ª "novela das sete" exibida pela emissora.
Escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de André Ryoki e Cláudia Souto, direção de Pedro Vasconcelos e Fred Mayrink e direção geral e núcleo de Jorge Fernando.
Contou com Giovanna Antonelli, Priscila Fantin, Reynaldo Gianecchini, Cláudia Raia, Malvino Salvador, Elizabeth Savalla, Marcello Novaes, Gabriela Duarte, Mel Lisboa, Cláudia Jimenez, Sidney Sampaio, Marisol Ribeiro, Nicete Bruno, Renata Castro Barbosa e Ary Fontoura nos papéis principais.
Foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 13 de setembro de 2010 e 7 de janeiro de 2011, em 83 capítulos, substituindo Sinhá Moça e sendo substituída por O Clone.
Soberba, inveja, Ira, preguiça, avareza, gula e luxúria, os sete pecados capitais, definem os personagens da novela. Mas eles também têm virtudes: humildade, caridade, paciência, diligência, generosidade, temperança e castidade. A história é narrada através desse jogo de opostos.